quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra...

Buuh!


É, andei um pouco sumido daqui - "pouco" foi só pra amenizar, mas foi muito mesmo - por um bom motivo, ou não: o tão temido VESTIBULAR. Essa palavra que faz qualquer moleque tremer de medo. Passei praticamente todos os finais de semana do mês de novembro fazendo alguma prova, prova essa que decidiria - e vai decidir - o meu futuro. Mas explicações a parte e aproveitando o gancho, vamos analisar e discutir sobre o  assunto Vestibular, suas aplicações e sua (des)necessidade.
Bom, pra quem nunca fez - as torturas de Jogos Mortais não são nada em comparação - o Vestibular é basicamente uma prova que o aluno que conclui o Ensino Médio faz, servindo como uma análise da competência deste aluno. A prova vai medir o grau de "instrução" que cada aluno possui, os mais "aptos" obtendo as maiores notas conseguem a vaga, vaga essa que é disputada entre os alunos, disputada mesmo, a maioria dos cursos de Medicina não possuem uma concorrência menor do que 100 alunos para 1 vaga.
Han, até aí “tudo bem”, como tudo na vida, na teoria é perfeito, mas temos que ver pelo lado prático. O vestibular - ou o agora tão difundido e problemático ENEM - serve como uma análise do conteúdo fornecido a cada estudante e como ele administra esse conteúdo. Mas, e quando esse "conteúdo" não é fornecido ao estudante? Como cobrar algo de uma pessoa sendo que essa pessoa não recebeu o que deveria?
Com os seus míseros 5% do PIB sendo investido na Educação, o governo criou o "novo Enem" que serviria como o fim do vestibular, mas como sempre, a realidade desmascara toda a demagogia.
Mas se o Enem não vai conseguir por fim ao vestibular, como isso iria acontecer? Será mesmo necessária a competição por vagas?
Setores da esquerda defendem o livre acesso ao ensino superior, como acontece com um estudante do ensino fundamental, que depois passa para o ensino médio "livremente". Muitos acreditam que isso seria uma ação utópica, pois em um sistema onde cada cidadão é movido pelo interesse e pelo lucro individual, todas as pessoas escolheriam os cursos que oferecem maior rentabilidade (um bando de médico), mas lembrando o que um professor me disse uma vez, "nem todo mundo gosta do amarelo". Ilusão é acreditar que a disputa por vagas no ensino superior é justa em um país onde existem 10 analfabetos para cada 100 habitantes, ou que as Cotas resolverão o problema.

"Aquilo que o mundo me pede, não é o que o mundo me dá."

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